A APFertilidade deseja a todos um excelente ano de 2018, com a renovação de esperança e determinação, mantendo sempre a certeza de que um dia os maiores desejos de cada um se concretizarão!

“Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção”

Antoine de Saint-Exupéry

No dia 15 de dezembro de 2017 foi aprovado o primeiro pedido de Gestação de Substituição pelo Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida.

Após parecer da Ordem dos Médicos (não vinculativo e estritamente técnico, não avaliando questões éticas e/ou deontológicas), o Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida emitiu um parecer favorável, autorizando a contratação entre as partes para a Gestação de Substituição. Para tal, o CNPMA entrevistou os intervenientes do contrato, cuja natureza é obrigatoriamente gratuita.

O pedido aprovado é referente a uma avó que irá gerar o neto, uma vez que a situação da filha se enquadra nos casos excecionais previstos na lei que regulamenta a Gestação de Substituição em Portugal, publicada a 31 de julho do presente ano.

Em 2016, o ano em que se completaram 10 anos sobre a data da publicação e da entrada em vigor da Lei da PMA (Lei n.º 32/2006, de 26 de julho), foram aprovadas na Assembleia da República duas outras Leis que alteraram significativamente esse diploma inicial.

A 10 de dezembro do presente ano, o Diário de Notícias divulgou os números relativos às manifestações de interesse estrangeiro em realizar a Gestação de Substituição em Portugal, um dos poucos países europeus que permite este processo.

Até novembro, o DN revelou que foram registadas 99 manifestações de interesse junto do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida, sendo que 41 destes pedidos foram feitos por parte de casais estrangeiros. Um dado interessante também apontado, foi o facto de 31 destes 41 pedidos têm na origem casais espanhóis.

A indução da Ovulação é uma técnica de Procriação Medicamente Assistida que consiste na suplementação hormonal via oral (com frequência variável, conforme os casos), assegurando assim o crescimento folicular e a ovulação espontânea.

Destinada a mulheres com disfunção ligeira da ovulação, esta técnica requer trompas e endométrio normais, teste de Hunner normal e espermograma normal.

Após a suplementação hormonal, devem seguir-se relações sexuais durante 3 dias consecutivos e posterior monitorização do crescimento folicular, através de ecografias sequenciadas.

A taxa de gravidez desta técnica situa-se entre os 14% e os 20%