JUNHO É O MÊS DA FERTILIDADE

A infertilidade pode ter várias causas, tanto os casos de infertilidade feminina como masculina. Os casos mais complexos requerem acompanhamento clínico e um tratamento individual e de acordo com a origem do problema e outros que lhe podem estar associados.

No âmbito do Mês da Fertilidade, que se assinala em junho, a Associação Portuguesa de Fertilidade (APFertilidade) lembra que a prevenção existe, e que os métodos passam por atitudes simples, e que devem ser tidas em conta para evitar possíveis problemas que comprometam, no futuro, a fertilidade. A maioria dos sintomas que provoca infertilidade são silenciosos, por isso, o acompanhamento clínico assume especial importância.

Ainda na infância, o pediatra deve diagnosticar possíveis distúrbios genéticos e endócrinos na criança - atraso do crescimento, défice cognitivo, alterações físicas, défice ou precocidade da puberdade. A correção dos distúrbios endócrinos sexuais deve ser, posteriormente, realizada por um urologista, no caso dos rapazes, e pela ginecologista, no caso feminino. O historial clínico familiar também deve ser avaliado pelo médico especialista. Atualmente, a doença oncológica não é sinónimo de fertilidade comprometida. Nestes casos, a criopreservação de ovócitos /tecido ovárico e espermatozóides/tecido testicular antes de uma cirurgia genital, quimioterapia ou radioterapia, pode garantir uma gravidez futura.

Para as mulheres, a idade é um fator crucial. Sobretudo a partir dos 35 anos, o potencial reprodutivo da mulher decresce de forma significativa. A partir dessa idade, torna-se mais difícil ocorrer a fecundação. O planeamento da gravidez é, assim, muito importante e pode ajudar a prevenir possíveis casos de infertilidade relacionados com a idade avançada.

A estes métodos de prevenção juntam-se as relações sexuais conscientes e seguras, a utilização de vestuário adequado com especial atenção, sobretudo, às peças que envolvem os órgãos genitais, as horas de sono (8 horas diárias), a alimentação saudável e o exercício físico regular.

Em Portugal, cerca de 300 mil casais são inférteis. Entre 10 a 15 por cento dos casais que fazem tratamentos de fertilidade podem precisar de doação de óvulos ou espermatozóides. A taxa de infertilidade masculina é similar à taxa de infertilidade feminina (cerca de 40 por cento em ambos os casos). Em média, um em cada 10 casos são de infertilidade nos dois membros do casal.

A Associação Portuguesa de Fertilidade (APFertilidade) mantém a decorrer a petição pública que visa a criação do Dia da Fertilidade como forma de alertar para a prevenção da infertilidade, da preservação da fertilidade e da defesa dos direitos dos casais, homens e mulheres, que não conseguem concretizar o projeto de paternidade.

A petição está disponível através do link: goo.gl/S9KxX9